As palavras tem poder, isso é um fato, combinadas de maneiras diferentes podem surtir mil efeitos, saber usar as palavras certas pode curar feridas, usar as palavras erradas pode abrir feridas, algumas pessoas até podem ter boas intenções quando dizem frases mal compostas que criam possibilidades de interpretações duvidosas, por isso é tão bom pedir a Deus por sabedoria.

Palavras são poderosas e com grandes poderes, vem grandes responsabilidades. Palavras soltas dizem nada, palavras erradas destroem e palavras certas constroem. Quantos de nós já não tiveram desentendimentos por frases mal compostas? Tanto nossas próprias palavras quanto a dos outros, isso tudo também está ligado com os traços de caracteres*, cada um, cada composição de traços, traz consigo uma possibilidade de interpretação, percepção do que está sendo dito – ou não dito – à pessoa.

Por isso não há uma frase exata que funcione com todos em geral. Diplomacia no momento do diálogo é o que mais funciona para todos – não necessariamente será funcional nas conversas mais íntimas como por exemplo com familiares.

Palavras ao vento, palavras apenas, palavras pequenas… poucas palavras podem dizer muito, podem dizer pouco, podem ser duvidosas, podem ser curativas. O segredo está nas intenções e na sabedoria em que se trata o outro. Por exemplo, você pode chegar em alguém que gosta muito e falar coisas que não sejam de muita elegância e diplomacia – o que mostra que teria faltado sabedoria, estamos todos sujeitos a isso – mas a forma como o outro recebe e nos mostra a insatisfação e como afetou negativamente e a forma com a qual lidamos com isso, pode mudar toda a trajetória da dialética.

O outro se ofende e você se ofende com o ofendido…

Quando o outro mostra a você que se ofendeu com o que você disse, cabe a você parar aquele desentendimento por ali, mas você também é humano e está sujeito a erros, então existem algumas possibilidades de reações da sua parte:


1 – Você dá seguimento ao desentendimento, também se ofende com o fato de alguém ter interpretado como ofensa.


2 – Você se abstém de prolongar a conversa:


2.1 – Por não saber como conduzir
2.2 – Por não ter interesse em resolver


(Lembrando que ignorar a pessoa, se abstendo nas respostas, é um ato narcisista e covarde de não resolução, não levando a lugar nenhum, a interpretação errada que o outro teve sobre você, tende a piorar, cuidado com os modos de fuga, fugir das responsabilidades afetivas costuma dar ainda mais margem para outras interpretações)
3 – Você respira fundo, pede sabedoria para conseguir resolver a situação com respeito e carinho, tanto com o outro, quanto com você mesmo.

Deixar claro as nossas intenções é quase como um desafio em um mundo com tantas pessoas com modus operandi diferente do nosso, não só o modus operandi como as experiências diferentes também. Lidar com o ser humano é altamente complexo e ao mesmo tempo simples: complexo quando não entendemos a lógica, simples quando entendemos a equação matemática da mente. Aprendemos a matemática, o tal do a + b, a partir disso, precisamos das informações que são as experiências que cada um tem e substituímos as letras pelos fatos ocorridos e enfim, obter o resultado. Como se trata da mente, e não há como sabermos de tudo que ocorre na vida das pessoas, o resultado pode apenas ser aproximado, talvez nunca exato.

Existem modos de lidarmos com o ser humano que vão ser eficientes, mas depende da nossa boa vontade para resolver as “injustiças” que nos são acometidas com interpretações que destoam da nossa realidade – mas que são “válidas” na realidade do outro.

*Traços de caracteres são a essência do nosso ser, nossa personalidade é moldada dos 0 aos 7 anos de idade, conforme a mielinização vai acontecendo e vai consolidando nossos traços de caracteres. Todos nós passamos por essas fases, cada um tem uma porcentagem de cada traço de caráter.

Palavras…
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